''Eu tenho meus motivos pra ser exatamente do jeito que eu sou, acredite.''

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Explicando política as crianças





No Brasil, são muitos os partidos que, no frigir dos ovos, se reduzem a dois: o das raposas e o das galinhas.


Imagino que as crianças devam ficar muito confusas com as notícias da política. Resolvi, então, preparar uma pequena cartilha que as ajudará a entender essa coisa misteriosa que é o centro da vida nacional e que, por vezes, quando convém aparece e quando não convém, desaparece...
1. Somos uma democracia. A democracia é o melhor sistema político. É o melhor porque nele, ao contrário das ditaduras, é o povo que toma as decisões;
2. Em Atenas, berço da democracia, era fácil consultar a vontade do povo. Os cidadãos se reuniam numa praça e tomavam as decisões pelo voto. Mas no Brasil são milhares de cidades, espalhadas por milhares de quilômetros e os cidadãos são milhões. Não podemos fazer uma democracia como a de Atenas. Esse problema foi resolvido de forma engenhosa: os cidadãos, milhões, escolhem por meio de voto uns poucos que irão representá-los. O Congresso é a nossa Atenas...;
3. Os representantes do povo, eleitos pelos votos dos cidadãos – vereadores, deputados, senadores, prefeitos, governadores, presidente-, são pessoas que abriram mão de seus interesses e passaram a cuidar dos interesses do povo;
4. É assim que dizem as teorias. Na prática, não é bem assim...;
5. No Brasil, são muitos os partidos que, no frigir dos ovos, se reduzem a dois: o partido das raposas e o partido das galinhas;
6. As raposas, devotas de São Francisco, sabem que é dando que se recebe. Assim, movidas por esse ideal espiritual, elas dão milho para as galinhas...;
7. As galinhas acreditam nas boas intenções das raposas e tomam esse gesto de dar milho como expressão de amizade. A abundância do milho as faz confiar nas raposas. E, como expressão da sua confiança nascida do milho, elas elegem as raposas como suas representantes. Assim, na democracia brasileira, as raposas representam as galinhas.
8. Eleitas por voto democrático, às raposas é dado o direito de fazer as leis que regerão a vida das galinhas e das raposas...;
9. As leis que regem o comportamento das raposas não são as mesmas das galinhas. Sendo representantes do povo, precisam de proteção especial. Essa proteção, tem o nome de “privilégios”, isto é, leis que se aplicam só a elas;
10. Privilégio é assim: raposa julga galinha. Mas galinha não julga raposa. Raposa julga raposa. Logo, raposa absolve raposa;
11. “Todos os cidadãos são livres e têm o direito de exercer a sua liberdade.” As galinhas são livres para serem vegetarianas e têm o direito de comer milho. As raposas são carnívoras e livres para comer galinhas.
12. A vontade das galinhas, ainda que de todas elas, não tem valia. Vontade de galinha solitária só serve para escolher suas representantes;
13. Permanece a sabedoria secular de Santo Agostinho, aqui em linguagem brasileira: “Tudo começa com uma quadrilha de tipos fora da lei, criminosos, ladrões, corruptos, doleiros, burladores do fisco, mafiosos, mentirosos, traficantes. Se essa quadrilha de criminosos se expande, aumenta em número, toma posse de lugares, de cargos, de ministérios, da presidência de empresas e fica poderosa ao ponto de dominar e intimidar os cidadãos – e estabelecendo suas leis sobre como repartir a corrupção -, ela deixa de ser chamada quadrilha e passa a ser chamada de Estado. Não por ter-se tornado justa, mas porque aos seus crimes se agregou a impunidade”.
14. Portanto, galinhas do Brasil! Acordai! Uni-vos contra as raposas!



Nota: O texto inteiro de "Explicando política às crianças" se encontra em http://www.rubemalves.com.br/.

Por Rubens Alves, educador, filósofo e escritor.

Fonte: Jornal "A Folha de S. Paulo" de 07/07/09

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Pequena sociologia do fungo




Luiz Felipe Pondé


Há um conforto canalha em remeter os anos nazistas a algum tipo de monstruosidade

Folha de SP 27/07/09

OS FILMES "O Leitor" e "Um Homem Bom" receberam críticas que circulam até hoje em jantares frequentados por pessoas éticas até os últimos fios dos cabelos. A acusação é que pecam por "humanizar o nazista". Há uma farsa moral nesse tipo de crítica, e pretendo desnudá-la hoje diante de seus olhos, caro leitor.Hannah Arendt recebeu críticas iguais quando escreveu sobre o julgamento do nazista Eichmann em Jerusalém. Foi acusada de "traidora da raça" -sendo judia- porque dizia que o carrasco nazista era banalmente humano: nascia seu essencial conceito de banalidade do Mal.Sua análise decorre do impacto que a burocracia tem sobre as pessoas, gerando uma espécie de zumbi moral. Carimbos, prazos de entrega, estatística, logística, defesa do próprio emprego calam o tato moral. A metáfora do Mal como fungo aí aparece: o Mal se espalha sobre o mundo, como um parasita que corrói a alma abandonada à inércia da burocracia carreirista, muda para o mal-estar moral.A frase "humanizar o nazista" me soa estranha, apesar de que sei que os hipócritas a consideram óbvia como uma manhã de sol. "Humanizar o nazista" me soa como "cachorrar o cachorro", "arvorizar a árvore", "baratizar a barata". Absurdo? Não, porque os nazistas e seus colaboradores silenciosos são tão humanos quanto você e eu. E não me venha dizer, entre dois goles de vinho, que não. Humano nunca foi sinônimo de retidão moral. Optamos racionalmente pelo Mal. "Racionalmente" aqui quer dizer "atos justificados do ponto de vista dos nossos interesses cotidianos" e "Mal" aqui significa "ser cruel com os indefesos". A (falsa) indignação com a afirmação da humanidade dos nazistas por parte dos hipócritas já anuncia a farsa moral: nego a justificação silenciosa (humana e banal) do ato cruel para defender minha imagem de "bom". E por quê? Porque não suporto que desnudem o fato de que eu, provavelmente, agiria da mesma forma naquela situação. Nosso hipócrita perde o sono com isso. Sente-se nu. E por quê? Façamos uma pequena sociologia desta farsa.Há um conforto canalha em remeter os anos nazistas a algum tipo de monstruosidade. Perceber a humanidade do nazista não é desculpá-lo ou justificá-lo moralmente, mas sim iluminar nosso parentesco com ele, é denunciar um cotidiano de pequenos interesses e medos que sufocam o mal-estar moral numa praga de fungos. É aí que reside a farsa moral: remeter o nazismo a uma monstruosidade é supor que foi algo "não humano" que o produziu. Essa suposição é a farsa moral: o monstro nele provaria que estamos a salvo. A verdade é que a maioria esmagadora agiria como todos os que colaboraram durante o terror fascista. Denunciaríamos judeus, gays, ciganos, comunistas, desgraçados de todos os tipos. E por alguma causa maior? Não, denunciaríamos apenas para garantir nosso cotidiano.Venha cá, caro leitor. Acompanhe-me neste exercício com o hipócrita. Você, hipócrita, perderia o emprego por um desconhecido? Abriria mão de melhorar sua situação social para defender uma mulher e suas duas filhas estranhas, que não tomam banho há dias? Perderia a chance de "garantir" o futuro do seu filho, incitando-o a combater o poder que pode lhe ser favorável? Escolheria essas estranhas, mesmo que sob dura crítica da mulher ou do homem que dorme com você e torna sua vida viável? Saberia responder ao seu filho a seguinte questão: "quem você ama mais? Eu ou essas estranhas?". Provavelmente você produziria o que Woody Allen, em seu maravilhoso "Crimes e Pecados", chama de "racionalizações": "Não tenho nada a ver com essa gente", "Atrapalham nossa vida mesmo", "Deve haver uma razão para serem tratados dessa forma" ou "Melhor cuidar dos meus filhos". Enfim, viraria de lado, trocaria o canal da TV, e dormiria seu sono profundo. Sessenta anos depois, fica fácil desfilarmos, entre taças de vinho, juras morais. Se situações semelhantes se repetirem (e não falo de grandes catástrofes políticas), faremos o mesmo em nossa família, em nosso trabalho, em nossas relações sociais próximas. Assédio moral, indiferença, oportunismo, medo, são todos faces desta banal maldade humana.No filme "Um Homem Bom", a bela esposa do homem bom, quando o vê pela primeira vez vestido com o seu uniforme da SS (coisa que ele detestava), não resiste, cai de joelhos e lhe faz um delicioso sexo oral. Eis nosso prêmio.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

A sensatez de Herbert Vianna


Cirurgia de lipoaspiração.
por Herbert Vianna

Pelo amor de Deus, eu não quero usar nada nem ninguém, nem falar do que não sei, nem procurar culpados, nem acusar ou apontar pessoas, mas ninguém está percebendo que toda essa busca insana pela estética ideal é muito menos "lipo-as e muito mais piração?"

Uma coisa é saúde outra é obsessão. O mundo pirou, enlouqueceu. Hoje, Deus é a auto imagem. Religião é dieta. Fé, só na estética. Ritual é malhação.

Amor é cafona, sinceridade é careta, pudor é ridículo, sentimento é bobagem.

Gordura é pecado mortal. Ruga é contravenção. Roubar pode, envelhecer, não. Estria é caso de polícia. Celulite é falta de educação. Filho da puta bem sucedido é exemplo de sucesso.

A máxima moderna é uma só: pagando bem, que mal tem?

A sociedade consumidora, a que tem dinheiro, a que produz, não pensa em mais nada além da imagem, imagem, imagem. Imagem, estética, medidas, beleza. Nada mais importa. Não importam os sentimentos, não importa a cultura, a sabedoria, o relacionamento, a amizade, a ajuda, nada mais importa.

Não importa o outro, o coletivo. Jovens não tem mais fé, nem idealismo, nem posição política. Adultos perdem o senso em busca da juventude fabricada.

Ok, eu tambem quero me sentir bem, quero caber nas roupas, quero ficar legal, quero caminhar, correr, viver muito, ter uma aparência legal mas...

Uma sociedade de adolescentes anoréxicas e bilímicas, de jovens lipoaspirados, turbinados, aos vinte anos não é natural. Não é, e não pode ser. Que as pessoas discutam o assunto. Que alguém acorde. Que o mundo mude.

Que eu me acalme. Que o amor sobreviva.

"Cuide bem do seu amor, seja ele quem for."
Herbert Vianna
Cantor e compositor
*Este texto chegou às minhas mãos através da minha querida amiga Mirian.



PS: Segundo comentário feito em 05/02/10 esse texto pertence a Rosana Hermman blogueira e jornalista.

domingo, 19 de julho de 2009

Nosso lugar dos sonhos...







Horizonte Perdido






Aproveitei a manhã fria de domingo para fazer uma sessão nostalgica, na sexta à caminho de Guaranésia vi uma placa indicando uma cidade ou vilarejo chamado “Shangri-lá”, me veio ao pensamento “a cidade dos sonhos” “utópica”, do filme Horizonte Perdido e me propus a assisti-lo novamente. A cópia que tenho é de 1937 ainda em preto e branco e como todas, faltando 24 minutos perdidos pela má conservação do original pelo próprio estúdio.



Depois de assistir ao filme cheguei a conclusão que o paraíso nos aparece de diversas formas, para alguns, mesmo sendo o lugar dos sonhos, será sentido pelos visitantes ou como a promessa de um mundo novo possível (no qual alguns escolhem morar), e para outros a ausência de “liberdade”, perde a perfeição, como um lugar assustador e opressivo (do qual outros resolvem fugir). Shangri-lá é descrito como um lugar paradisíaco situado nas montanhas do Himalaia, sede de panoramas maravilhosos e onde o tempo parece deter-se em ambiente de felicidade e saúde, com a convivência harmoniosa entre pessoas das mais diversas procedências.
Shangri-lá é a própria utopia realizada (se é que isso é possível).

O filme reflete toda a instabilidade política, militar, econômica e social — e o materialismo do momento: seja 1937 ou HOJE.

Sobre uma localidade utópica, um lugar mágico entre as belíssimas e inacessíveis montanhas congeladas do Tibet, onde pessoas de diversas nacionalidades diferentes vivem de forma livre e feliz, partindo do princípio do uso da moderação em todas as suas atividades e atitudes.
Será que a tendência está se agravando? Temos nós, a humanidade, consciência de como estamos vivendo e do que estamos preparando para os que nos seguirão?
Dizem que o filme envelheceu um pouco, principalmente em seu misticismo ingênuo demais. Mas será que ideias de tal porte envelhecem? Será que desejar a paz e a felicidade é algo ingênuo demais?
Shangri-lá seria um refúgio, um local que poucos privilegiados poderiam conhecer.
Mas estará o homem pronto para isso? Já que todos nós, mesmo que em apenas alguns determinados momentos da nossa vida, buscamos a tranquilidade e paz de um local como Shangri-lá.

Você permaneceria em Shangri-lá (o paraíso) onde não existem nenhum tipo de conflito ou voltaria para a dita “civilização”?


terça-feira, 14 de julho de 2009

A porca




Após 3 mortes (confirmadas) o governo ainda continua afirmando que não é necessário preocupação, mesmo sendo uma delas uma criança que estava fora dos padrões de risco que antes afirmavam (não saiu do país nem teve contato com pessoas que viajaram). Conversando algumas semanas atrás com professoras de minha unidade escolar sobre o risco dessa nova doença, umas afirmavam ser uma "doença de classe média" por isso o governo estava dividindo a reponsabilidade com os hospitais particulares (já que a maioria dos atendidos tinham convênio médico), nada mais justo. Mas e as pessoas que não são dessa classse abastada, mas que mantêm contato direto com eles, trabalham em aeroportos, são camareiras de hotéis, e uma infinidade de pessoas que prestam serviços diretos com passageiros que chegam dos "países de risco". Um sobrinho meu que é motorista de um diretor (não vem ao caso o nome da empresa) ficou com medo de servir ao patrão, pois o mesmo havia voltado da Argentina. O que fazer? Manter a saúde ou o emprego? Esperemos que nosso Ministro da Saúde (José Gomes Temporão) volte seus olhos para o interior do país e não somente manter vistoria nas fronteiras, mas principalmente no Estado de São Paulo onde o há o maior número de casos.
Tânia.
A porcaLUIZ FELIPE PONDÉ

Muitos dos que praticam a ciência gozam o poder e geram a paranoia



O CARO leitor já sabe que sou medieval. Por exemplo, gosto da medicina dos temperamentos. Isso não significa que não faça uso de antibióticos e vacinas e seja contra o lucro da indústria farmacêutica. Pelo contrário, julgo que, quando se trabalha bem, deve-se ganhar muito dinheiro, apesar de que suspeito que, quando você se humilha por dinheiro, ele te esnoba. Um certo desdém pelo dinheiro se faz tão necessário na boa educação quanto saber sentar de pernas fechadas constitui o caráter público das mulheres decentes.
Grande parte da história minúscula da humanidade se encontra entre as pernas das mulheres e o discreto desdém pelos valores do mundo. Vê, caro leitor? Tenho uma tendência incontrolável a pensar que a vida se dá, muitas vezes, entre secreções ordinárias e a impermeabilidade à banalidade do mundo.
Tenho cá minha própria leitura dos temperamentos. Como todo cidadão pós-moderno, respiro releituras de tudo, ao sabor do meu humor do dia. Serei hoje niilista ou não? Julgue o caro leitor.
Acho que o temperamento determina a aceitação e a produção das ideias (por isso, e por mais alguns outros vícios, sou acusado de irracionalista). Nesse sentido, penso que indivíduos apaixonados pela objetividade da ciência adoram o poder terrível que a objetividade tem sobre a frágil subjetividade, perdida em suas lembranças e seus desejos. Resumindo a ópera: esses indivíduos adoram exercer o poder sobre os outros, oferecendo como arma a força da estatística. Nesse caso, o medo da verdade estatística se assemelha à fobia de altura diante do peso da gravidade física.
Associa-se a este traço autoritário a natureza paranoica do conhecimento que Freud já suspeitara. As relações entre fatos, compondo uma cadeia de significado com o objetivo de prever outros fatos futuros, alimentam-se de hábitos paranoicos. A paranoia respira bem na atmosfera do poder, do medo e da ciência. Perguntará o leitor desconfiado: você é contra a ciência? Responde o colunista: claro que não. Seu método é excelente. Todavia, muitos dos que praticam a ciência o fazem gozando de poder e gerando paranoia.
E o pior é que, em muitos casos, gerar paranoia é parte necessária do objetivo. Exemplo banal desse caso é quando nos encontramos diante dos "medos epidemiológicos". Claro que o leitor, mesmo culto, não é obrigado a dominar o jargão da medicina preventiva. Gripes e pestes são objetos da epidemiologia. Eu mesmo só conheço o jargão porque passei anos nos bancos da faculdade de medicina, entre cadáveres, parasitas e tumores. Pensei em ser ginecologista, geneticista ou psiquiatra, mas, como sou preguiçoso, acabei filósofo. É bem verdade que o conhecimento médico nos faz sentir que o resto da humanidade permanece nas sombras ancestrais da ignorância. É gostoso saber que existem ignorantes que podemos assustar e ensinar.
Dito isso, o leitor já deve ter pensado na terrível gripe A (H1N1) "antigamente" chamada de "suína", mas que, em nome do direito dos porcos, teve seu "nome fantasia" substituído pela denominação científica. Evidentemente que além da dignidade ameaçada dos porcos e de seus criadores, seu "antigo" nome poderia nos levar a pensar (equivocadamente) que podemos contrair o maldito e assassino vírus (depois da possível mutação cantada em prosa e verso) apenas se comêssemos ou beijássemos os porcos. Seu nome científico declara mais universalmente que, mesmo comendo outros animais e beijando outras espécies, podemos pegar o vírus.
Assim como a "espanhola" nos matou em grande estilo em 1918, a "porca" poderá nos ceifar.
Infelizmente a relação entre consciência epidemiológica e paranoia pública é íntima, mesmo porque obsessão e higiene são, em se tratando de vírus, irmãs gêmeas. Talvez venhamos a descobrir que estatisticamente os portadores ou praticantes da neurose obsessiva ou transtorno obsessivo-compulsivo, TOC para os íntimos, sobrevivem melhor em tempos de consciência epidemiológica aguda. Queria tanto ter TOC nesta hora... (terão já inventado um nome novo para esse quadro clínico? Se sim, perdoem-me pelo anacronismo).
Contra a paranoia costuma funcionar o senso do ridículo. Assim, sejamos limpinhos e obedientes, mas não esqueçamos que o paranoico é ridículo no seu gozo em causar medo. Respiremos com moderação.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Notícias Populares- Pleonasmo




Continua atualíssima, a melhor frase do vídeo é quando o sequestrador em suas exigências pede para ser julgado pela COMISSÃO DE ÉTICA DO SENADO.





quarta-feira, 1 de julho de 2009

Marlon Brando



Cinco anos sem o carisma de Brando
By Luiz Carlos Merten (O Estado de SP)


Completam-se hoje cinco anos da morte de Marlon Brando. Ator carismático, mito, ícone. Brando irrompeu no cinema de Hollywood após a 2ª. Guerra, quando havia carência de novas faces para representar mudanças de comportamentos que sacudiam os EUA. Logo em seguida surgiram o rock, Elvis Presley, James Dean, mas só nos anos 60 o sonho americano seria contestado para valer. Brando introduziu um gostinho de rebeldia.
Foi assim que apareceu naquela T-shirt que realçava sua virilidade em Uma Rua Chamada Pecado, que Elia Kazan adaptou da peça Um Bonde Chamado Desejo, de Tennessee Williams. Três anos mais tarde, Brando montou no lombo de uma motocicleta em O Selvagem, de Laslo Benedek, de 1954, e antecipou de 15 anos o mal-estar existencial da geração Sem Destino.