''Eu tenho meus motivos pra ser exatamente do jeito que eu sou, acredite.''

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

"Femmes aux hommes"

LUIZ FELIPE PONDÉ
"Femmes aux hommes"

Mulher não gosta de covarde, mesmo que seja covarde em nome dos "direitos femininos"


MUITAS LEITORAS se queixam de que nunca falo sobre os males masculinos. Hoje, vou pagar uma parte desta dívida. Como todo homem que gosta de mulher, sou um escravo do desejo de deixá-las felizes. Que inferno...
Recentemente, numa entrevista, uma jornalista me perguntou se acredito que os homens tenham medo de mulheres inteligentes. E também o que seria mais importante numa mulher, beleza ou inteligência.
Antes de tudo, um reparo. Neste assunto, não consulte as feministas porque elas não entendem nada de mulher. Tampouco pergunte aos homens que chamam as mulheres de "vítimas sociais", porque são frouxos. Pobres diabos: mulher não gosta de covarde, mesmo que seja covarde em nome dos "direitos femininos".
A segunda pergunta (o que é mais importante numa mulher, a inteligência ou a beleza?) é fácil: a beleza vem em primeiro lugar, nunca a inteligência. Quando um homem disser pra você que ele prefere mulheres inteligentes, ele quer te pegar. Ou, pior, ele tem medo do patrulhamento das feias e das chatas, que no Brasil, graças às deusas, não crescem em número porque as mulheres brasileiras são como dizem os franceses "femmes aux hommes" (mulheres para os homens).
Por que é necessário ter coragem pra dizer que a inteligência feminina não é erotizada pelos homens? Ora bolas, porque atualmente falar para as mulheres que inteligência vale mais do que a beleza é um "dever de todo cidadão".
Uma mulher poderá fazer uma queixa contra você na delegacia da mulher caso você não diga para ela que inteligência numa mulher é fundamental. Não se engane: inteligência nunca é fundamental. Mas, não exagere para o outro lado: as burrinhas enchem o saco depois de duas horas de sexo.
Quanto à primeira questão (os homens têm medo de mulheres inteligentes?), a resposta é simples: sim, sempre; só os mentirosos e medrosos negam este fato. Melhor dizendo, o homem sempre tem medo da mulher, principalmente quando está interessado nela.
Segundo os darwinistas, esta seria uma característica atávica, desde a savana africana. Medo da infidelidade, medo da impotência, medo do ridículo.
Mas há sutilezas nisso tudo. O homem prefere a beleza, mas num relacionamento de longo investimento, outras característica pesam, às vezes, mais do que a beleza pura e simples. Por exemplo, evidências de que ela seja fiel, boa mãe para seus futuros filhos, generosa, doce (coisa rara em mulheres excessivamente competitivas, como é comum em cidades do tipo São Paulo, mas menos comum em outras regiões, como Minas Gerais ou Nordeste onde elas são mais "sorridentes").
Beleza demais pode dar medo quando ela é sua mulher. Garanhões costumam rondar mulheres bonitas demais. Se você só quer "pousar de poderoso" com uma gostosa, tudo bem, mas se quiser viver com ela, aí a coisa pega. Para pilotar um Boeing você tem que ser competente em muita coisa, e nem sempre dá, num cenário violento e volátil como o mundo contemporâneo, onde as mulheres têm mais opção de escolha afetiva e profissional.
Por que, muitas vezes, é tão difícil para as mulheres aceitarem que a inteligência numa mulher não seja essencial? Porque, ao contrário dos homens (esses seres primitivos, insensíveis e promíscuos... risadas...), as mulheres erotizam a inteligência no homem, às vezes, mais do que a beleza pura e simples.
Eu arriscaria dizer que a inteligência quando associada à coragem (virilidade) pode ser um afrodisíaco imbatível para as mulheres numa noite de calor.
Resumo da ópera: a inteligência numa mulher é um risco interno à relação porque o homem pode se sentir "menor" do que ela.
Já a beleza feminina é sempre um risco externo porque o cara sente medo de perdê-la porque sabe como os outros caras pensam.
Já a inteligência num homem nunca é um risco interno à relação porque as mulheres dão nó em qualquer homem. Mas, é sempre um risco externo porque as mulheres sabem como suas parceiras pensam: se, além da inteligência, o cara tiver "atitude" (a soma disso dá em charme), aí, meu bem, se prepare para a cobiça de suas amigas.

ponde.folha@uol.com.br

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Vai dar namoro?

Essa coisa de “bom dia ao demônio” pode ser convidativa… Lembrou-me de uma frase de Martha Medeiros que diz assim: “Tenho juízo, mas não faço tudo certo, todo paraíso precisa de um pouco de inferno!

Bjs a todos!!

 

Vai dar namoro?

15/02/2011
“É namoro ou amizade?”. Sílvio Santos fixou essa pergunta na TV. “Amor sem sexo é amizade”. Em uma frase Rita Lee disse tudo – ou quase tudo.  Amor e amizade se confundem quando somos jovens. Colegas de escola passam de amigos para namorados e vice-versa. Um dia, isso acaba. Ou pensamos que acaba. Com o tempo, começamos a imaginar que sabemos distinguir a amizade do amor. Mas, nisso, nem sempre acertamos quanto a nós mesmos e, para complicar mais ainda, também quanto ao outro de nossas relações. Quando menos se espera, eis que se está amando um amigo! E aí vem a frase na frente do espelho: “como que eu entrei nisso, justo eu,  que achava que essa confusão era coisa de pré-adolescente!”
Os filósofos tentam distinguir o amor da amizade não à toa. Há amor na amizade. Esse amor vai dar margem ao amor de casais? Ou seja, esse amor da amizade vai dar espaço para o amor do namoro, do envolvimento sexual, do casamento? Isso pode ocorrer. Por isso mesmo, lá no seu início, a filosofia, com Sócrates, se preocupou com isso. Sócrates gastou seu verbo tentando dizer o que é o amor da philia e o que é o amor de Eros. A partir daí, a filosofia, nos seus melhores momentos, jamais deixou de investigar e falar a respeito do amor de amizade e suas trombadas com o amor de amantes. Um ponto culminante dessa trajetória: Montaigne.
Num dos textos mais belos de toda a história da filosofia – “Sobre três relações” – Montaigne fala da amizade com homens, do convívio com “mulheres belas e honestas” e da companhia dos livros. Em um determinado momento desse texto ele aponta para o que pode estar no fio da navalha entre a amizade e a paixão. Ele diz, sobre a parte com as mulheres, que se trata “de uma relação em que devemos ficar um pouco com pé atrás”. E isso principalmente para aqueles que, como confessa, são como ele, os “em que o corpo pode muito”. Montaigne não deixa dúvidas: aqueles cujo corpo é competente poderão passar da amizade ao desejo e se enredar na paixão. Ele pede cuidado, mas, ao mesmo tempo, chama de covardes os que se acautelam demais. Fugir disso seria como que perder a honra por temer a exposição aos perigos (1).
Montaigne não fala em sedução. Não fala em artimanhas. Ele não as desconhece. Foi jovem e sabe bem das mulheres. Mas, na hora de escrever, ele chama a atenção para o corpo. Não qualquer corpo. O corpo que “pode”. Há corpos que não estão proibidos, mas não podem. Ou seja, corpos que não se impõem. O limite entre a amizade e o amor, quando se trata do convívio entre um homem e uma mulher (“bonita e honesta”) (*), é facilmente rompido por aqueles “em que o corpo pode muito” – insisto.
Quem diria diferente? Podemos ter uma dificuldade imensa entre saber o que é a amizade. Igual dificuldade em saber o que é o amor. Mas, quando transitamos de um para o outro, os indícios são fortes. Queremos nos enganar às vezes. Mas, enfim, a quem enganaríamos? É o corpo que se põe, não é? Primeiro, vem o cheiro do outro. O prazer do cheiro, quando se está presente, a saudade do cheiro, quando da ausência. Depois, a beleza dos gestos, do sorriso e do olhar. O esvoaçar dos cabelos. O timbre da voz. O modo de andar, de sentar e de se levantar. O toque. O tônus muscular e o tônus das partes que não têm músculo algum. Tudo isso invade o campo que, até pouco tempo, era o da amizade. Se isso é para os dois lados, muito que bem. Caso ocorra de um lado só, eis aí o infortúnio!
Ao ficarmos mais velhos, essa transição entre terrenos do amor e da amizade é fácil de ser mapeada. Então, acreditamos que jamais será possível não saber o que é que Montaigne disse com o seu “ficar com pé atrás”. Mas o corpo é matreiro. Ele finge não poder e, do nada, ele volta a poder. E eis que uma amizade cruza a fronteira. Por isso, a mulher casada inteligente é amiga do marido e não admite nenhuma outra amizade feminina que implique no convívio. Isso Montaigne não disse, sou eu que digo: o corpo que podia, pode voltar a poder. E confiar no corpo é como dar bom dia ao demônio. Nem por polidez se dá bom dia a demônio.
© 2011 Paulo Ghiraldelli Jr. Filósofo, escritor e professor da UFRRJ
Os Ensaios. São Paulo: Cia das Letras-Penguin, 2010, p. 373
(*) É claro que, aqui, Montaigne lida com o que ele viveu. Trata-se de fazer uma filosofia não conceitual, que não está preocupada em, por exemplo, falar de amor e amizade dentro de diferentes relações de gênero etc. (Peço desculpas ao leitor mais sofisticado por ter colocado essa nota. Mas, hoje em dia …)

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

No osso

LUIZ FELIPE PONDÉ
  Desde semana passada,  Pondé tem comentado sobre esse filme, e hoje a noite nos alertou... assistam antes que eu conte o final... 
  Os que acompanham esse blog conhecem um pouco a visão dele, mas conversando pessoalmente dá pra entender melhor esse seu jeito meio "amargo" (niilista como se define) de ser...
   Hoje assisti o filme "O Discurso do Rei" com o ator inglês que adoro Colin Firth (me apaixonei por ele na adolescência quando o conheci como Mister Darcy de Orgulho e Preconceito) o homem dos sonhos de toda mulher... voltando ao filme, uma interpretação extraodinária, estarei torcendo por ele no Oscar. Estão em minha lista para assistir "Bravura Indômita" dos Irmãos Coen e lógico "Inverno na Alma" que posteriormente comentarei com vocês.... 
Beijos a todos!



No osso


A vida é um drama sem solução. Atualmente, são os homens que esperam pelo príncipe encantando



ESTOU FELIZ. Dirão meus detratores que minto porque um niilista nunca está feliz. Mentira. A felicidade de um niilista apenas custa mais caro porque não é "made in China". Está mais para BMW do que para Chery.
Estou feliz porque vi um filme que me deu esperança no cinema dos próximos anos: "Inverno da Alma" , de Debra Granik.
Com os 80 anos do grande Clint Eastwood, temo por sua herança. Encontrei em Debra Granik uma esperança. Quem achar estranho que uma mulher seja a herdeira de um cineasta que fala de virilidade engana-se.
Num cenário como o atual no qual os homens, quase todos, falam fino e pedem permissão às mulheres para dizer o que pensam, só podíamos mesmo ter esperança que as cineastas mulheres se tornassem as possíveis herdeiras daquilo que os homens estão a perder: a coragem de dizer que a vida é um drama sem solução. Hoje, são os homens que esperam o príncipe encantando.
"Inverno da Alma" é filme de gente grande, coisa rara na medida em que a democracia de mercado avança (e tem que avançar mesmo, senão todo mundo morre de fome, como na África) e faz do cinema coisa para retardados.
A luta no capitalismo avançado e na democracia de massa é pela defesa da inteligência, que sofre o risco constante de atolar num pântano de bobagens para fazer a classe média se sentir segura.
Nada contra filmes divertidos, de ação, de terror e coisas assim. Mas quando o cinema resolve salvar o mundo, mudar o mundo, mudar as pessoas, meu Deus, que tédio.
Parafraseando o grande Oscar Wilde (1854-1900), que disse algo como "toda poesia sincera é ruim", todo filme no qual o diretor quer salvar o mundo é ruim. Mas como a audiência costuma ter o mesmo nível mental do diretor, quase ninguém percebe que está diante de coisa do jardim da infância.
Em 2004, Debra Granik já fizera "Down to the Bone", filme sobre uma mulher que luta contra as drogas em meio à criação de seus filhos. Agora ela volta "ao osso" para falar de uma menina de 17 anos que luta para achar seu pai, que meteu sua família numa fria das sérias.
Sua mãe, imprestável, é uma deprimida apática. Em meio à pobreza, a garota cria seus dois irmãos mais novos e cuida de tudo mais. Sozinha diante da vida, sem frescuras, sem "mapa moral", sem a ladainha política de vítima social.
O filme se passa num desses Estados atrasados do sul americano, pobre e rural. Aquela América que o amador Obama não entende. Esperemos que passe logo a onda Obama de governar para a torcida, a fim de ganhar aplausos dos estudantes e das feministas.
Uma das coisas que pode tornar o filme "difícil" é exatamente o fato de ele não oferecer o "mapa moral" que todo mundo gosta de receber quando vai ao cinema ou quando pensa sobre a vida e os costumes.
O filme não oferece "mapa moral" porque todos os personagens estão atolados na vida, que é essencialmente um fenômeno amoral, sem os tais "valores" de que todo mentiroso gosta de falar.
Apesar de que ficou na moda todo mundo desfilar "princípios éticos" por aí, a semelhança da hipocrisia cristã do passado, no silêncio de nossas almas nós sabemos que fazemos tudo que for necessário para sobreviver. E quem é exceção, não faz marketing do bem, apenas morre cedo.
Sim, uma dose de "ilusão moral" constitui a vida em sociedade. A própria noção de amor familiar como fato óbvio é uma dessas ilusões (as famílias, às vezes, são máquinas de moer gente e nem toda mãe ama seus filhos, às vezes os odeia e às vezes, com razão).
A metáfora do "osso" aqui é essencial. Em inglês, chegar ao osso é chegar ao fundo das coisas, na sua estrutura mais elementar. É chegar ali onde a ilusão não habita.
A cena na qual a protagonista com a ajuda das mulheres que a tinham espancado, "resolve o enigma" é uma ode à genuína piedade.
Não consigo pensar em maior canto à sofrida dignidade humana (esta mesma que os marketeiros do bem maculam com seu papo-furado) do que a heroína Ree, ao final, tranquilizando seus irmãos pequenos, dizendo que não conseguiria viver "sem o peso deles nas costas". Eis um filme para se ver de joelhos.

ponde.folha@uol.com.br

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Quibes, queijos e vinhos

LUIZ FELIPE PONDÉ
Quibes, queijos e vinhos

Quem está na rua no Egito quer emprego; se fala em "liberdade", é porque aprendeu com o Ocidente


OS ÁRABES foram às ruas. Os paquistaneses (muçulmanos, mas não árabes) vivem nas ruas pedindo a cabeça de algum inimigo do Islã. Pensar que estamos diante da "aurora" de um novo mundo árabe democrático é uma piada.
Imagino como alguns "sacerdotes da religião do povo" (populismo para intelectuais de esquerda?) devem ficar emocionados, lembrando (fantasiando?) os grandes dias do Maio de 68 na França.
Se lermos as colunas de Nelson Rodrigues (editora Agir) da época, encontraremos questões como: afinal, o que querem esses estudantes parisienses se não cortaram nenhuma cabeça? Que revolução é essa que acabou em croissant?
De uma hora para outra, a moçada francesa voltou para casa para tomar vinho e comer "un petit fromage". Centenas de teses pelo mundo tentam até hoje explicar a razão de a "revolução do desejo" de Maio de 68 ter acabado de repente, sem nenhuma razão.
Diferentemente dos jovens americanos, que tinham um motivo concreto para protestar (a horrível Guerra do Vietnã), os meninos franceses estavam cheios de tédio, naquela vidinha chata de gente rica, e resolveram brincar de "comuna de Paris".
No fundo, queriam "o direito" de transar com as colegas nos dormitórios da universidade, alguns meninos queriam "o direito" de transar com outros meninos (sob a bênção filosófica do mestre Foucault, que, aliás, no começo da Revolução Islâmica do Irã, tinha frisson por ela), e alguns, como sempre, não queriam mesmo é ir para a aula e virar gente grande.
Mas os "sacerdotes do povo" fizeram seu trabalho e transformaram aquela festa em grande fenômeno histórico.
A verdade é que não se sabe no que vai dar essa "revolução do quibe" no mundo árabe. Pessoalmente, espero que consigam viver melhor e se livrem dos "partidos de deus".
Mas o que é viver melhor? Para mim, que não sou relativista e acho a democracia liberal ocidental o melhor sistema político conhecido e gente que amarra toalha na cabeça para gritar "morte aos infiéis!" gente atrasada, viver melhor é poder ganhar dinheiro e pagar suas contas, consumir coisas que queremos consumir, transar com quem você quiser, não ter que aturar maridos espancadores, não ser obrigado a sustentar mulheres de que você não gosta mais, não ser obrigado a rezar se você não quiser, poder rezar se você quiser para o deus que você quiser, não ter que achar seu governante "o salvador do povo". Enfim, coisas básicas, não?
Mas o fundamentalismo islâmico (que não é a mesma coisa que islamismo) não pensa assim.
Se, por um lado, não se pode afirmar que o Egito vá virar o Irã (que alguns ainda acham ótimo porque "enfrenta o imperialismo americano"... risadas...), por outro, negar o risco do fundamentalismo islâmico na região em questão é uma piada. Pura má fé teórica.
Risco aqui não significa apenas tomar o poder, significa minar a sociedade, enterrando as pessoas nesse "pântano de deus" onde fundamentalistas crescem como praga na lama.
Essas pessoas que estão nas ruas querem emprego. Se eles falam em "liberdade", fazem-no porque aprenderam com o Ocidente capitalista malvado. Não estão movidos por ideologias de Maio de 68. Espera aí... qual era mesmo a ideologia? Reclamar da TV, do cinema, de ter que arrumar o quarto, de ter que fazer prova na faculdade?
Que tal o Líbano, que virou refém do Hizbollah (o partido de deus), esse grupo muito pacifista e democrático? Ou a irmandade islâmica do Egito, que está "gozando" com tudo isso? E os democráticos do Hamas? Que tal mandar um desses populistas de esquerda passar uns dias com eles para discutir "liberdades individuais"? E se o voto direto por lá eleger outro Hamas?
Muitas análises são feitas a partir do que em filosofia se chama "wishful thinking" (pensamento contaminado por "desejos escondidos"). Muita gente projeta sobre esses fenômenos seus pequenos sonhos de grandeza teórica.
Esses países não têm a divisão moderna entre religião e Estado. Negociar com eles é negociar com o Islã, não nos enganemos. O necessário é falar com o Islã e seus líderes, a fim de "isolar" a praga do fundamentalismo.