''Eu tenho meus motivos pra ser exatamente do jeito que eu sou, acredite.''

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Adeus 2010 Bem Vindo 2011

     2010 foi um ano de altos e baixos, não cumpri muitas coisas que me propus fazer nesse ano, e voltei atrás em algumas decisões já tomadas. Será melhor relembrar os maus momentos e "tentar aprender com os erros" ou simplesmente esquecê-los? Ou me ater somente aos "momentos felizes"?
     Não agreguei nenhuma amizade esse ano, apenas mantive os mesmos amigos, e alguns confesso nem os encontrei em 2010... quando me cobravam isso sempre coloquei a culpa na excessiva carga de trabalho que estou nestes dois ultimos anos. 
    Cheguei a uma triste contestação, já não confio tanto nas pessoas como antes, algumas deram provas de que realmente não são confiáveis, outras que tentaram se aproximar eu já mantive uma certa distância. 
     Ah... filhos, como sempre (dizem que pela idade) sempre dando preocupações, os meus até que não muitas, mas houve atritos sim, mas que um a um foram superados...
     

Conseguiu fazer 2 viagens, voltei a "Mi Buenos Aires querido", em Abril com algumas amigas (viagem essa já postada no blog), e em Dezembro fiz um mini cruzeiro pela costa atlântica, tirando o enjoô da primeira noite os outros dias foram muito bons. 
    

Assisti a peças ótimas e muitos filmes bons, li bons livros, fiz um curso de História maravilhoso sobre a Dinastia Tudors com o prof. Leandro Karnall e até fui criticada por algumas colegas de escola por ser "culta demais"... rs 
     Foi uma escolha dificil, mas consegui os 10 melhores filmes de 2010. (Em ordem aleatória)
1- Orgulho e Preconceito (Minissérie BBC)
2- Sempre a seu lado
3- Hanami - Cerejeiras em flor
4- Bastardos Inglórios
5- A fita branca
6- Um namorado para minha esposa
7- Surpresas em dobro
8- Cartas para Juliera
9- Casa Vazia
10- Tropa de Elite 2
    E finalmente no Natal cheguei a conclusão que a civilização perdeu o sentido dessa data, as pessoas se preocupam com a ceia, comem demais, bebem exageradamente e aonde fica o  "nascimento de Cristo" nisto tudo? Juro que eu pensava que era essa a comemoração principal... Eu achei estranho quando uma amiga disse que em sua família não se comemorava o Natal, somente o Ano Novo, agora eu entendo sua decisão. Eu mesma já perdi esse "espírito natalino", por anos montava a árvore, presépios, até que decidi que meus filhos "já eram grandes" e isso não era mais necessário, então joguei tudo fora com a desculpa que não haveria espaço para guardar.
     Acho que ano que vem vou passar o Natal em um retiro espiritual ou em um spa, longe dessa festa gastronomica e etílica em que se transformou o Natal...
     Assistindo a uma entrevista com  Cristian Barbosa, autor do livro "Mais tempo, mais dinheiro" o entrevistado disse muitas coisas que nos são óbvias, mas às vezes não queremos ver, sobre que ser próspero não é sinônimo de ser rico, mas sim ter qualidade de vida, saber gerir seu tempo entre trabalho, e coisas que lhe dão prazer em fazer. Que muitas vezes temos medo de mudar, vivemos numa "zona de conforto" e temos medo de dar um basta aquela vida que não queremos, mas que nos é conveniente, que precisamos  descobrir o que é importante para nós, que fazem sentido na nossa vida. 
     Ah... ontem fui fazer uma "visita" dolorosa mas muito importante, fui visitar minha mãe... Engraçado que passo por esse cemitério todos os dias, mas algumas vezes... de repente sinto uma necessidade de parar o carro, entrar e conversar com ela, chorar e dizer o quanto ela me faz falta... 
     Quando esta mensagem for postada estarei viajando, e meio que "abandonando" os filhos antes que eles o façam...rs Estou escrevendo no Dia de Natal, mas como será publicado no dia 31... Um 2011 maravilhoso a todos vocês, e espero de coração que seja bem melhor pra todos nós!
Besos... e Hasta Luego!
     

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Eu acuso



     Há muito tempo escrevo textos ou posto (de outros autores) sobre educação, a que temos que receber de nossos pais (limites) e da escola (pedagógico). 
     Essas tragédias já estavam anunciadas, há muito acontecem, os professores hoje são reféns de seus próprios alunos, já passei por situação semelhante em que um aluno (deixando claro que estava armado) me perguntou se havia passado em minha matéria, já fui uma professora que batia de frente com os alunos, depois percebi que faço parte do lado mais fraco... pensei tenho dois filhos para criar, não vou arriscar minha vida por causa de um "marginal" que já está perdido mesmo. E simplesmente respondi, por mim já está aprovado. E estava mesmo, com a aprovação automática o que fazer? Como diz o texto abaixo, avaliar pra que?       Infelizmente não sei que rumos a educação tomará no futuro. Um amigo meu me disse uma vez, quando precisar do serviços de um advogado, médico, engenheiro, irá procurar um profissional mais velho, pois saberá que esse realmente estudou, e não passou pelas tantas "quotas" de hoje em dia. A educação hoje não é prioridade, nem para o governo, nem para os pais, haja visto o caso já relatado neste blog sobre os ataques na Avenida Paulista. Respondi agora a pouco um post do Senador Cristovam que dizia o seguinte 
Sen_Cristovam Sugiro,@dilmabr ,criar Comissão,como fez EUA,1981,para estudar pq estamos atrasados na educação e o que fazer.

Agora eu pergunto.. o que fazer? Onde iremos parar? 




J’ACUSE !!!
(Eu acuso !)
(Tributo ao professor Kássio Vinícius Castro Gomes)

« Mon devoir est de parler, je ne veux pas être complice. (Émile Zola)
Meu dever é falar, não quero ser cúmplice. (...) (Émile Zola)


Foi uma tragédia fartamente anunciada. Em milhares de casos, desrespeito. Em outros tantos, escárnio. Em Belo Horizonte, um estudante processa a escola e o professor que lhe deu notas baixas, alegando que teve danos morais ao ter que virar noites estudando para a prova subsequente. (Notem bem: o alegado “dano moral” do estudante foi ter que... estudar!).

A coisa não fica apenas por aí. Pelo Brasil afora, ameaças constantes. Ainda neste ano, uma professora brutalmente espancada por um aluno. O ápice desta escalada macabra não poderia ser outro.

O professor Kássio Vinícius Castro Gomes pagou com sua vida, com seu futuro, com o futuro de sua esposa e filhas, com as lágrimas eternas de sua mãe, pela irresponsabilidade que há muito vem tomando conta dos ambientes escolares.

Há uma lógica perversa por trás dessa asquerosa escalada. A promoção do desrespeito aos valores, ao bom senso, às regras de bem viver e à autoridade foi elevada a método de ensino e imperativo de  convivência supostamente democrática.

No início, foi o maio de 68, em Paris: gritava-se nas ruas que “era proibido proibir”. Depois, a geração do “não bate, que traumatiza”. A coisa continuou: “Não reprove, que atrapalha”. Não dê provas difíceis, pois “temos que respeitar o perfil dos nossos alunos”. Aliás, “prova não prova nada”. Deixe o aluno “construir seu conhecimento.” Não vamos avaliar o aluno. Pensando bem, “é o aluno que vai avaliar o professor”. Afinal de contas, ele está pagando...

E como a estupidez humana não tem limite, a avacalhação geral epidêmica, travestida de “novo paradigma” (Irc!), prosseguiu a todo vapor, em vários setores: “o bandido é vítima da sociedade”, “temos que mudar ‘tudo isso que está aí’; “mais importante que ter conhecimento é ser ‘crítico’.”

Claro que a intelectualidade rasa de pedagogos de panfleto e burocratas carreiristas ganhou um imenso impulso com a mercantilização desabrida do ensino: agora, o discurso anti-disciplina é anabolizado pela lógica doentia e desonesta da paparicação ao aluno – cliente...

Estamos criando gerações em que uma parcela considerável de nossos cidadãos é composta de adultos mimados, despreparados para os problemas, decepções e desafios da vida, incapazes de lidar com conflitos e, pior, dotados de uma delirante certeza de que “o mundo lhes deve algo”.


Um desses jovens, revoltado com suas notas baixas, cravou uma faca com dezoito centímetros de lâmina, bem no coração de um professor. Tirou-lhe tudo o que tinha e tudo o que poderia vir a ter, sentir, amar.

Ao assassino, corretamente , deverão ser concedidos todos os direitos que a lei prevê: o direito ao tratamento humano, o direito à ampla defesa, o direito de não ser condenado em pena maior do que a prevista em lei. Tudo isso, e muito mais, fará parte do devido processo legal, que se iniciará com a denúncia, a ser apresentada pelo Ministério Público. A acusação penal ao autor do homicídio covarde virá do promotor de justiça. Mas, com a licença devida ao célebre texto de Emile Zola, EU ACUSO tantos outros que estão por trás do cabo da faca:

EU ACUSO a pedagogia ideologizada, que pretende relativizar tudo e todos, equiparando certo ao errado e vice-versa;

EU ACUSO os pseudo-intelectuais de panfleto, que romantizam a “revolta dos oprimidos”e justificam a violência por parte daqueles que se sentem vítimas;

EU ACUSO os burocratas da educação e suas cartilhas do politicamente correto, que impedem a escola de constar faltas graves no histórico escolar, mesmo de alunos criminosos, deixando-os livres para tumultuar e cometer crimes em outras escolas;

EU ACUSO a hipocrisia de exigir professores com mestrado e doutorado, muitos dos quais, no dia a dia, serão pressionados a dar provas bem tranqüilas, provas de mentirinha, para “adequar a avaliação ao perfil dos alunos”;

EU ACUSO os últimos tantos Ministros da Educação, que em nome de estatísticas hipócritas e interesses privados, permitiram a proliferação de cursos superiores completamente sem condições, freqüentados por alunos igualmente sem condições de ali estar;

EU ACUSO a mercantilização cretina do ensino, a venda de diplomas e títulos sem o mínimo de interesse e de responsabilidade com o conteúdo e formação dos alunos, bem como de suas futuras missões na sociedade;

EU ACUSO a lógica doentia e hipócrita do aluno-cliente, cada vez menos exigido e cada vez mais paparicado e enganado, o qual, finge que não sabe que, para a escola que lhe paparica, seu boleto hoje vale muito mais do que seu sucesso e sua felicidade amanhã;

EU ACUSO a hipocrisia das escolas que jamais reprovam seus alunos, as quais formam analfabetos funcionais só para maquiar estatísticas do IDH e dizer ao mundo que o número de alunos com segundo grau completo cresceu “tantos por cento”;

EU ACUSO os que aplaudem tais escolas e ainda trabalham pela massificação do ensino superior, sem entender que o aluno que ali chega deve ter o mínimo de preparo civilizacional, intelectual e moral, pois estamos chegando ao tempo no qual o aluno “terá direito” de se tornar médico ou advogado sem sequer saber escrever, tudo para o desespero de seus futuros clientes-cobaia;

EU ACUSO os que agora falam em promover um “novo paradigma”, uma “ nova cultura de paz”, pois o que se deve promover é a boa e VELHA cultura da “vergonha na cara”, do respeito às normas, à autoridade e  do respeito ao ambiente universitário como um ambiente de busca do conhecimento;

EU ACUSO os  “cabeça – boa” que acham e ensinam que disciplina é “careta”, que respeito às normas é coisa de velho decrépito,

EU ACUSO os métodos de avaliação de professores, que se tornaram templos de vendilhões, nos quais votos são comprados e vendidos em troca de piadinhas, sorrisos e notas fáceis;

EU ACUSO os alunos que protestam contra a impunidade dos políticos, mas gabam-se de colar nas provas, assim como ACUSO os professores que, vendo tais alunos colarem, não têm coragem de aplicar a devida punição.

EU VEEMENTEMENTE ACUSO os diretores e coordenadores que impedem os professores de punir os alunos que colam, ou pretendem que os professores sejam “promoters” de seus cursos;

EU ACUSO os diretores e coordenadores que toleram condutas desrespeitosas de alunos contra professores e funcionários, pois sua omissão quanto aos pequenos incidentes é diretamente responsável pela ocorrência dos incidentes maiores;

Uma multidão de filhos tiranos que se tornam alunos -clientes, serão despejados na vida como adultos eternamente infantilizados e totalmente despreparados, tanto tecnicamente para o exercício da profissão, quanto pessoalmente para os conflitos, desafios e decepções do dia a dia.

Ensimesmados em seus delírios de perseguição ou de grandeza, estes jovens mostram cada vez menos preparo na delicada e essencial arte que é lidar com aquele ser complexo e imprevisível que podemos chamar de “o outro”.

A infantilização eterna cria a seguinte e horrenda lógica, hoje na cabeça de muitas crianças em corpo de adulto: “Se eu tiro nota baixa, a culpa é do professor. Se não tenho dinheiro, a culpa é do patrão. Se me drogo, a culpa é dos meus pais. Se furto, roubo, mato, a culpa é do sistema. Eu, sou apenas uma vítima. Uma eterna vítima. O opressor é você, que trabalha, paga suas contas em dia e vive sua vida. Minhas coisas não saíram como eu queria. Estou com muita raiva. Quando eu era criança, eu batia os pés no chão. Mas agora, fisicamente, eu cresci. Portanto, você pode ser o próximo.”

Qualquer um de nós pode ser o próximo, por qualquer motivo. Em qualquer lugar, dentro ou fora das escolas. A facada ignóbil no professor Kássio dói no peito de todos nós. Que a sua morte não seja em vão. É hora de repensarmos a educação brasileira e abrirmos mão dos modismos e invencionices. A melhor “nova cultura de paz” que podemos adotar nas escolas e universidades é fazermos as pazes com os bons e velhos conceitos de seriedade, responsabilidade, disciplina e estudo de verdade.


Igor Pantuzza Wildmann

Advogado – Doutor em Direito. Professor universitário.

sábado, 11 de dezembro de 2010

A democracia da caveira



     Não é por acaso que Tropa de Elite 2 já bateu o recorde de bilheterias de todos os tempos inclusive do filme brasileiro mais assistido "Dona Flor e seus dois maridos", tem um roteiro corajoso, que deu-nos a impressão esses dias que "a vida imita a arte", com a invasão no Rio de Janeiro pelo BOPE. 
     Fiquei admirada no cinema quando passou a cena em que o Capitão Nascimento espanca um político, o público aplaudiu, e com gritos de "é isso aí", senti que essa é a vontade de todo brasileiro se tivesse chance "dar na cara" desses políticos que quando em seus cargos, esquecem do porque estão lá.  Não seria um aviso para nossos parlamentares de que não estão agradando?....
Beijos a todos. 

LUIZ FELIPE PONDÉ

A democracia da caveira


Ver-se representado no Capitão Nascimento e no Bope não é pecado de gente reacionária


EU TAMBÉM sou contra a pena de morte. Também acho que grande parte da violência urbana é fruto de miséria, fome, educação ruim e saúde pública ruim.
Também concordo que a elite brasileira tem um histórico de maus antecedentes em sua responsabilidade pela sociedade que lidera (aliás, nenhuma sociedade presta sem o "cuidado" de sua elite).
Também acho que não adianta (somente) a polícia ou as forças armadas invadirem o morro para matar e prender bandido e que o Estado devia estar lá para cumprir sua função civilizadora. Também acho que é mais fácil prender e matar bandido pobre do que rico.
E, sim, o oficialato do Estado muitas vezes é tão bandido quanto os traficantes. Acho que qualquer pessoa em sã consciência não pode negar tudo isso.
Mas a história não para aí. Numa cena do maravilhoso "Tropa de Elite 2", o herói coronel Nascimento (corajoso, reto e solitário) entra num restaurante para encontrar alguns dos responsáveis pela (in)segurança pública do Estado do Rio.
Acuado, temendo um quase linchamento público, nosso herói se assusta quando, ao entrar no restaurante, é ovacionado. Sua voz em "off" diz algo como "... mas o povo gosta é de bandido morto".
Sim, considero o Capitão Nascimento -promovido a coronel no segundo filme- o primeiro herói produzido pelo cinema brasileiro, para além das tentativas infantis e entediantes de nos fazerem engolir, goela abaixo, bandidos, guerrilheiros de esquerda, drogados, prostitutas e cangaceiros como heróis.
Vale lembrar que o intelectual dos direitos humanos no filme (o Fraga) revela-se um "Capitão Nascimento" em sua função de crítico da sociedade, o que é raro.
Normalmente, os intelectuais das universidades ficam entre si, destruindo carreiras dos colegas, fazendo política institucional comezinha, buscando cargos burocráticos na nomenclatura da universidade ou em partidos políticos afins, dizendo mentiras deslavadas a serviço da ideologia do partido (intelectuais orgânicos) ou de seu corporativismo. Não nos enganemos: Fraga é um Capitão Nascimento, por isso os dois "se encontram" no final. Quem leu o filme como "o Capitão Nascimento pede pra sair" o fez por ignorância ou simples má-fé.
Sim, acho que grande parte de nossa "inteligência profissional" tende a desmerecer este grande detalhe: o "povo", categoria social tão amada por quem quer fazer dela uma "santidade política", gosta de ver bandidos presos e mortos.
Neste momento, a "inteligência profissional" abandona o "povo" em seu "gosto alienado".
Aqui erra a "inteligência profissional", porque querer bandido preso é democracia pura: os pobres são os que mais sofrem com esses bandidos, a invasão do morro é um ato de democracia, o Bope representa, aqui, os direitos humanos da gente comum. Só intelectual gosta de bandido. Pouco importa se a "motivação" da invasão do morro não tenha sido tão "pura" (só contra o crime), nada no mundo é puro. Você é?
Lembre que no primeiro parágrafo digo tudo que "gente bacana" diz (e concordando de fato com a "gente bacana" nesse assunto, coisa rara na minha vida).
Mas quem vive seu dia a dia trabalhando, pagando impostos (sempre avassaladores e abusivos), levando filhos à escola, indo ao cinema, viajando de fim de semana, fazendo compra em shoppings, indo a feiras e supermercados, enfim, vivendo sua vida normal, tem o direito de querer que bandidos sejam presos e, se resistirem, sejam mortos.
Ver-se representado no Capitão Nascimento e no Bope não é pecado de gente reacionária. É condição de quem é vitima, seja de um Estado irresponsável, seja de bandidos e assassinos.
O esperado de uma sociedade decente não é apenas fazer o discurso dos direitos humanos dos bandidos, mas também realizar os direitos humanos de quem vive nos limites da lei.
Passou o trauma da ditadura. A história "andou". A população quer ver sua honestidade banal e cotidiana contemplada no direito de andar de ônibus e de carro. Basta de papo furado, devemos ter escola, saúde, justiça e faca na caveira. Nada disso é belo, mas um mundo "belo" é para gente infantil.