''Eu tenho meus motivos pra ser exatamente do jeito que eu sou, acredite.''

sábado, 30 de janeiro de 2010

A menina que roubava livros

     Quando a morte conta uma história você deve parar para ler...




                   EIS UM PEQUENO FATO
                          Você vai morrer
                          Isso preocupa você?
                          Insisto - não tenha medo.
                          Sou tudo, menos injusta.

    Assim começa nosso livro narrado pela morte.
    É só uma pequena história, na verdade, sobre, entre outra coisas:
  • Uma menina
  • Algumas palavras
  • Um acordeonista
  • Uns alemães fanáticos
  • Um lutador judeu
  • E uma porção de roubos.
      Liesel Meminger a protagonista da história encontra com a morte três vezes, mas consegue tapeá-la nesses encontros.
    A ceifadora de almas fica impressionada pela menina e decide contar sua história.
    A história se passa na Alemanha do III Reich em plena Segunda Guerra Mundial. É interessante ver a visão dos alemães (sempre vistos como os inimigos).
    Seu primeiro encontro com a morte é quando a ceifadora leva seu irmão dentro de um trem, é também quando Liesel começa sua "carreira" como roubadora de livros.
     O primeiro é " O manual do coveiro" que o coveiro deixa cair descuidadamente.
        Liesel está a caminho da Rua Himmel onde morará com seus pais adotivos (Hans e Rosa Hubermann), sua mãe ligada ao partido comunista sabe que não ficará livre por muito tempo.
     Tenho isso em comum com Liesel (pais adotivos), no caso dela encontrou carinho e conforto com seu pai, o enrolador de cigarros, o acordeonista, seu professor.
     Liesel não sabia ler, seu pai utilizava a parede do sotão como lousa, todas as noites era repintada de branco. Sua mãe lhe parecia dura (uma mãe má), mas ela aprendeu a amar apesar de ser chamada (carinhosamente) de saumensch.
     Durante essa tragetória na rua Himmel várias pessoas se tornam importante na vida de Liesel além de seus pais, Rudy Steiner, que queria ser Jesse Owens, com cabelo cor de limões e que também queria um beijo, e Max Vanderburg, o judeu escondido em seu porão, o homem com cabelos como plumas, sua amiga e incentivadora de leitura, a mulher do prefeito Ilsa Herman.
     Foi nos livros que Liesel viu a oportunidade de fugir de sua realidade. No abrigo durante os bombardeios ela compartilhava essa fuga com os moradores da Rua Himmel lendo para eles.
     Até que um dia ela escreveu seu próprio livro.
     Até que um dia as sirenes não tocaram para avisar sobre as bombas.
     Até que um dia a Rua Himmel foi devastada.
     Até que um dia só sobrou a menina que roubava livros nos escombros de um porão raso demais para suportar.


     Uma sobrevivente.
     Um acordeão quebrado.
     Um beijo tarde demais.
     Um livro perdido e devolvido em tempo.


     Venha comigo, quero lhe contar uma história. Vou lhe mostrar uma coisa.


     A nota final de sua narradora.
     - Os seres humanos me assombram.


PS: Espero que gostem da dica realmente é uma leitura fascinante e emocionante.
A sensação que me fica na alma após a leitura é coincidentemente igual a da morte... os seres humanos me assombram...
     Beijos a todos!!! Ótimo final de semana.





    

2 comentários:

  1. Talvez toda a nossa vida não passe de um jogo que jogamos com a morte. Quando ela finalmente consegue dar o xeque-mate saímos de cena.

    ResponderExcluir
  2. Amei o texto... me surpreendi com o contexto do livro. Parabens....
    PS: O texto me fez viajar e elaborar idéias para o blog.

    ResponderExcluir