''Eu tenho meus motivos pra ser exatamente do jeito que eu sou, acredite.''

sábado, 18 de junho de 2011

Dois filmes maravilhosos "Minhas Tardes com Margheritte e Meia-noite em Paris

     Dois finais de semana consecutivos finalmente tirei o dia dedicado a uma pessoa... "euzinha"...(semana passada) fiz uma massagem com pedras quentes, almocei com uma amiga e fui ao cinema ver "Minhas Tardes com Margheritte"...
     


O filme atende ao requisito básico: ensinar o respeito ao idoso. O quarentão Germain (Gérard Depardieu) é um feirante. Mora no quintal de  sua mãe, num trailer, relaciona-se com uma mulher mais nova, motorista de ônibus, e bebe com os amigos de trabalho. Durante suas folgas, Germain se senta em uma praça para comer um sanduíche, e numa dessas conhece a nonagenária Margueritte (Gisèle Casadesus). É ela que, pela literatura de Albert Camus e Romain Gary, todas as tardes, ensina Germain a ser menos tosco.

      Na prática, porém, o supletivo de Margueritte afasta Germain da realidade que ele conhecia - os imigrantes que compõem a mão de obra barata da França - e ainda associa essa realidade aos problemas do mundo (o horror dos noticiários da TV na casa da mãe, por exemplo).
     Por meio de uma série de flashbacks,é mostrado a infância difícil de Germain. Além de ser constantemente humilhado por um professor, é tratado com desdém e violência pela mãe. Apesar disso Germain é um sujeito boa praça e meio atrapalhado. O filme mostra bem as definições de alfabetização e letramento tão comentadas hoje em dia, em que a pessoa pode ser letrada sem necessariamente ser alfabetizada.
     Hoje sabadão lindo de sol, fui tomar um hiper café da manhã com meu filhote (estava com dor na consciência por ter ido durante a semana tomar sopa com a Ananda e ele na faculdade...).
    Após me propus ir ao shopping ver o que passava (milagrosamente) um filme bom na programação...


     O filme de Woody Allen questiona nostalgia e  mortalidade e retoma fôlego da juventude em ode à Paris dos anos 20.  Minha impressão é que Woody quiz homenagear a "cidade luz" assim como fez com seu filme "Manhattan". A película é uma grata surpresa ao vermos aparecer na tela Cole Porter, Ernest Hemingway, Gertrude Stain, Zelda e Scott Fitzgerald, Salvador Dalí, Picasso, Luís Bruñuel, Man Ray, TS Eliot e muitos outros personagens da Belle Époque. E também a Primeira Dama Francesa Carla Bruni como uma guia turística.
     Sem entrar na questão de se o que acontece é realidade ou não (na verdade, não importa) o filme retrata a Epoca de Ouro de Paris, segundo os personagens cada um tem sua "epoca", Gil o personagem de Owen Wilson (que foi uma bela surpresa pra mim... já que só o vejo em papeis comicos), questiona que cada um tem seus anos de ouro, para ele os anos 20, para Adrienne seria a Belle Época nos anos de 1870, para os que viviam nessa época a melhor época seria a Renascença, ninguem nunca está contente com o seu "presente". Woody em seu eterno pessimismo ( ou realista) deu a seguinte entrevista na estréia em Cannes
"Se você é uma pessoa infeliz, por qualquer razão - o que se aplica praticamente para todo mundo-, então um deslocamento geográfico ou no tempo não vai resolver sua situação"...







     
      Estão aí duas ótimas dicas para um cineminha...
Bom final de semana a todos!!!!


 

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