''Eu tenho meus motivos pra ser exatamente do jeito que eu sou, acredite.''

domingo, 31 de outubro de 2010

Eleições

Não votei na Dilma e também não simpatizo com ela...  como meus amigos bem o sabem... mas sou brasileira antes de tudo, e torço para que os 55% da população tenham feito uma boa escolha através do processo democrático e que ela faça um bom governo. Que a primeira mulher eleita no Brasil (40o. da História) esteja à altura de seu cargo  que ocupará nos próximos 4 anos. A primeira mulher a governar essa nação foi Princesa Isabel quando substitui seu pai D. Pedro II por algum tempo, fato que ficou marcado na história do país com a assinatura da Lei Aurea. E que a História seja novamente  escrita.....

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Pra que usar de tanta (falsa) educação?....

"Pra que mentir, fingir que perdoou. Tentar ficar amigos sem rancor.
 Pra que usar de tanta educação. Pra destilar terceiras intenções
Desperdiçando o meu mel. Devagarzinho, flor em flor.
Entre os meus inimigos, beija-flor"

Quando a emoção acaba, não há que se destruir ou depreciar o que ontem era tão essencial que merecia o enfeite de toda uma noite. A poesia libertária de Cazuza clamava por uma atenção aos sentimentos de respeito ao outro. De nada adianta a educação se as intenções não forem as melhores. É como conhecer com profundidade as regras de etiqueta e humilhar o garçom. Que etiqueta é essa? O que é melhor, saber com qual garfo comer ou conhecer os sentimentos alheios e respeitá-los? Naturalmente o bom só é bonito quando é bom.







Codinome Beija-flor
Cazuza
Pra que mentir
Fingir que perdoou
Tentar ficar amigos sem rancor
A emoção acabou
Que coincidência é o amor
A nossa música nunca mais tocou

Pra que usar de tanta educação
Pra destilar terceiras intenções
Desperdiçando o meu mel
Devagarinho, flor em flor
Entre os meus inimigos, beija-flor

Eu protegi teu nome por amor
Em um codinome, Beija-flor
Não responda nunca, meu amor (nunca)
Pra qualquer um na rua, Beija-flor

Que só eu que podia
Dentro da tua orelha fria
Dizer segredos de liquidificador

Você sonhava acordada
Um jeito de não sentir dor
Prendia o choro e aguava o bom do amor
Prendia o choro e aguava o bom do amor













sábado, 23 de outubro de 2010

Por que você ama quem voce ama?

 Recebi este texto lindo via email... ela desnuda nossa idiossincrasia sem falsa modéstia...
Com vocês... Martha Medeiros....


Por que você ama quem você ama? 




Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não-fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo à porta.


O amor não é chegado a fazer contas, não obedece a razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo.


Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais. Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca. Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.


Então que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.


Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não tem a maior vocação para príncipe encantado, e ainda assim você não consegue despachá-lo. Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita de boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama este cara? Não pergunte para mim.


Você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem o seu valor. É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar (ou quase). Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível. Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém. Com um currículo desse, criatura, por que diabo está sem um amor?


Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados. Não funciona assim. Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível. Honestos existem aos milhares, generosos tem às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!


Mas ninguém consegue ser do jeito do amor da sua vida!

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Vai encarar?

Sou contra o aborto, temos inúmeras maneiras de se evitar uma gravidez indesejada, desde atitudes simples como o uso de preservativos (masculinos e femininos), distribuídos gratuitamente nos postos de saúde até métodos mais recentes como a pilula do dia seguinte. Nem as adolescentes hoje podem cometer esse erro, pois são bombardeadas com informações à respeito tanto nas escolas como na internet. Se a concepção ocorrer não devemos culpar a criança (pois desde a concepção o feto já possui uma alma segundo o espiritismo). Lembro de uma colega de trabalho que diante de uma gravidez indesejada resolveu partir por esse caminho, recordo como ela ficou mal depois disso, do arrependimento de seu ato, apesar de meus protestos. Os filhos são uma dádiva. Um dia pensando sobre esse assunto, me veio à mente que eu poderia ter sido uma dessas crianças que tem suas vidas ceifadas logo na gestação, ainda bem que minha "progenitora", prosseguiu até o final, mesmo desistindo de mim após o nascimento. Gostaria de agradecê-la por isso, por me dar a vida...
Um beijo a todos!







LUIZ FELIPE PONDÉ

Sou contra o aborto. Sou da elite intelectual, PhD e      pós-doc, falo línguas e escrevo livros. Vai encarar?



SOU CONTRA o aborto. Não preciso de religião para viver, não acredito em Papai Noel, sou da elite intelectual, sou PhD, pós-doc., falo línguas estrangeiras, escrevo livros "cabeça" e não tenho medo de cara feia.
Prefiro pensar que a vida pertence a Deus. Já vejo a baba escorrer pelo canto da boca do "habitué" de jantares inteligentes, mas detenha seu "apetite" porque não sou uma presa fácil.
Lembre-se: não sou um beato bobo e o niilismo é meu irmão gêmeo. Temo que você seja mais beato do que eu. Mas não se deve discutir teologia em jantares inteligentes, seria como jogar pérolas aos porcos.
Esse mesmo "habitué" que grita a favor do aborto chora por foquinhas fofinhas, estranha inversão...
Não preciso de argumentos teológicos para ser contra o aborto. Sou contra o aborto porque acho que o feto é uma criança. A prova de que meu argumento é sólido é que os que são a favor do aborto trabalham duro para desumanizar o feto humano e fazer com que não o vejamos como bebês. E não quero uma definição "científica" do início da vida porque, assim que a tivermos, compraremos cremes antirrugas "babyskin" com cartão Visa.
Agora o tema é o "retorno" do aborto. O aborto entrou na moda neste segundo turno. É claro que esse retorno é retórico. Desde Platão, sabe-se que a democracia é um regime para sofistas e retóricos.
A relação entre democracia e marketing já era sabida como essencial desde a Grécia Antiga. Por que o espanto quando os candidatos, sabendo que grande parte da população brasileira é contra o aborto (talvez por razões religiosas vagas, talvez por "afeto moral" vago), se lançam numa batalha pelo espólio do "direito à vida"?
O marketing é uma invenção contemporânea, mas a necessidade dele é intrínseca a qualquer técnica que passe pelo convencimento de uma maioria, desde a mais tenra assembleia de neandertais.
A democracia é, na sua face sombria, um regime da mentira de massa. Quando essa mentira de massa é contra nós, reclamamos.
Não há nada de evidentemente justo em termos morais ou de moralmente "avançado" na legalização do aborto. O que há de evidente em termos morais é a desumanização do feto como processo retórico (exemplo: "Feto não é gente") e a defesa de uma forma avançada de "safe sex": "Quero transar com a "reserva de comportamento legal" a meu favor. Se algo der errado, lavo".
E não me venham com "questão de saúde pública". Esgoto é questão de saúde pública. A defesa do aborto nessas bases é apenas porque o aborto legal é mais barato. Resumindo: "Safe sex, cheap babies". E não me digam que o feto "é da mulher". O feto "é dele mesmo". E não me digam que "todo o mundo avançado já legalizou o aborto", porque esse argumento só serve para quem "ama a moda" e teme a solidão.
Não pretendo desqualificar a angústia de quem vive esse drama. Longe de mim! Mas em vez de gastarmos tanta "energia social" na defesa do aborto, por que não usarmos essa energia para recebermos essas crianças indesejadas?
Vem-me à mente dois exemplos, aparentemente de campos "opostos". Deveríamos aprender com a Igreja Católica e seu esforço de criar redes de recepção dessas crianças, aparando as mães em agonia e seus futuros filhos à beira da morte.
Por outro lado, são tantos os casais gays masculinos (os femininos sofrem menos porque dispõem de "útero próprio") que querem adotar crianças e continuamos a julgá-los, equivocadamente, penso eu, incapazes do exercício do amor familiar.
Sou contra a legalização do aborto porque o considero um homicídio. Muita gente não entende essa implicação lógica quando supõe que seriam razoáveis argumentos como: "A legalização do aborto permite a escolha livre. Se sou contra, não faço. Se minha vizinha for a favor, ela faz".
Agora, substitua a palavra "aborto" pela palavra "homicídio", como fica o argumento? Fica assim: "A legalização do homicídio permite a escolha livre. Se sou contra, não faço. Se minha vizinha for a favor, ela faz".
Quem é a favor do aborto não o é por razões "técnicas", mas por "gosto" ideológico.